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SARAIVA PEDE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Por Rita Azevedo

SÃO PAULO – A Saraiva Livreiros Editores entrou nesta sexta-feira com pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

A companhia, fundada há 104 anos, justificou o pedido com a necessidade de buscar proteção durante a renegociação das suas dívidas e as da sua controlada Saraiva e Siciliano com fornecedores, além de garantir a continuidade das operações. As dívidas da controladora e da controlada somam R$ 675 milhões, segundo comunicado.

O pedido de recuperação judicial da Saraiva segue o da Livraria Cultura, anunciado há quase um mês, em 24 de outubro.

Segundo a Saraiva, diversas medidas foram tomadas para readequar o negócio a uma nova realidade de mercado, marcada por quedas constantes dos livros e pelo aumento da inflação. A empresa propôs, desde o início deste ano, a renegociação de passivo com fornecedores. No entanto, afirmou, a negociação não teve sucesso.

Ontem, representantes de editoras aderiram ao plano de fornecimento futuro apresentado pela Saraiva em assembleia realizada na sede do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). A companhia se propõe a pagar à vista por suas futuras encomendas, que terão um volume mais baixo. Já os planos da Livraria Cultura dividiram opiniões do mercado editorial, uma vez que a empresa pretende pagar à vista apenas uma parte do valor das encomendas.

Com a recuperação judicial, a Saraiva espera proteger o caixa e retomar a estabilidade. Outro objetivo da recuperação é preservar a continuidade da operação do site e das 85 lojas físicas que mantém no país. A Saraiva acrescenta que, com a recuperação judicial, as operações do varejo não serão afetadas.

Fonte: Valor Econômico

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