Por Fernanda Pressinott
SÃO PAULO – A juíza Karina de Azevedo Malaguido, da Vara Cível de Sertanópolis, no Paraná, ratificou a decisão que deferiu o pedido de recuperação judicial da trading de grãos Seara Indústria e Comércio de Produtos Agropecuários.
Em julho, uma decisão judicial paralisou o processo para a realização de uma perícia técnico-contábil depois que credores alegaram que a empresa havia falsificado informações financeiras.
A Seara, que tem como maior credor a cooperativa americana CHS, estava entre as dez maiores negociadoras de commodities do país quando entrou com pedido de recuperação judicial em abril para reestruturar R$ 2,1 bilhões em dívidas. A empresa não tem qualquer relação com a JBS, que atua nos mercado de carnes de frango e suína, além de embutidos e produtos industrializados, com a marca Seara.
A Seara Agroindustrial deve US$ 218 milhões à CHS. A unidade local do banco holandês Rabobank, o grupo suíço Credit Suisse e a subsidiária brasileira da Bunge também estão entre os credores.
Em nota, a assessoria de imprensa da Seara Agroindustrial informou que protocolará o plano de recuperação judicial no prazo previsto.