Por Cibelle Bouças
A Avianca Brasil encerra a semana com duas notícias positivas. A Justiça aceitou ontem o pedido de recuperação judicial da companhia. E a empresa pode ser favorecida pela publicação da medida provisória que põe fim ao limite de participação estrangeira no capital de empresas aéreas no país.
O juiz Tiago Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, aceitou o pedido de recuperação judicial. Marcou uma audiência de conciliação, em 14 de janeiro, entre Avianca e empresas de leasing que pedem a devolução de aviões por falta de pagamento. Ações de reintegração de posse de aviões estão suspensas por 30 dias. A Constitution Aircraft, que reclama 11 aviões de volta, pediu ao juiz que mudasse sua decisão, mas ele a manteve.
Ações e execuções contra a Avianca ficam suspensas por 180 dias. O plano para pagar R$ 493,9 milhões a credores deve ser apresentado em 60 dias. A Álvarez & Marsal será a administradora judicial da Avianca.
A MP das aéreas (ver MP abre setor aéreo a capital estrangeiro) pode beneficiar a Avianca. “A entrada de um investidor estrangeiro na companhia pode dar fôlego financeiro à empresa”, diz Tiago Medaglia, sócio da Cascione Pulino Boulos Advogados. O advogado representa credores, incluindo arrendadores de aviões, aeroportos e prestadores de serviços.
Germán Efromovich, que ao lado do irmão José Efromovich, controla vários negócios, Avianca entre eles, disse em uma entrevista ao programa “Pregunta Yamid”, do Canal 1 de TV da Colômbia, que receberia recursos da United Airlines até o fim de janeiro de 2019 e que seriam investidos na Avianca Brasil. Procurada, a United informou que não tem negociações com a Synergy, a holding dos Efromovich, para investir na Avianca Brasil. Em novembro, a United Continental Holdings concedeu à Synergy empréstimo de US$ 456 milhões.
Fonte: Valor Econômico