Por Luiz Henrique Mendes
A votação do plano de recuperação judicial da Abengoa Bioenergia, marcada para 30 de maio, pode ser frustrada. Uma decisão judicial proferida nesta terça-feira pelo desembargador Araldo Telles, da 2ª Câmara de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determinou que os credores decidam antes sobre a modalidade da recuperação.
Se os credores decidirem que as cinco recuperandas que integram o liticonsórcio da Abengoa devem apresentar planos de recuperação separados, uma nova data para a votação terá de ser marcada. Isso porque, na assembleia de 30 de maio, um plano conjunto — envolvendo as cinco empresas da Abengoa — deveria apreciado pelos credores do grupo.
A determinação do desembargador atendeu a um agravo de instrumento do China Construction Bank, que tem cerca de R$ 40 milhões a receber da Abengoa. Como um todo, o processo de recuperação judicial da Abengoa Bioenergia envolve R$ 1,5 bilhão em dívidas. A empresa possui duas usinas sucroalcooleiras no Estado de São Paulo.
O banco chinês é representado pelo advogado Diogo Rezende de Almeida, do escritório Galdino & Coelho.
Fonte: Valor Econômico