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Paranapanema lista dívidas de R$ 450 milhões em pedido de recuperação judicial

O endividamento é referente a problemas operacionais enfrentados em meados do ano em sua planta de metalurgia situada em Dias d’Ávila, na Bahia

Listando uma dívida de R$ 450 milhões, a fabricante de produtos de cobre Paranapanema e duas controladas entraram nesta quarta-feira (30) com pedido de recuperação judicial na 1ª Região Administrativa Judiciária da capital paulista. Com isso, a empresa busca proteção para debelar mais uma crise financeira.

Segundo informa em comunicado nesta manhã (1), a maior produtora de cobre refinado do país visa, com o pedido, “reequilibrar o fluxo de caixa e garantir abastecimento do mercado”. A companhia informa que, neste caso, o endividamento é referente a problemas operacionais enfrentados em meados do ano em sua planta de metalurgia situada em Dias d’Ávila, na Bahia.

No início deste ano, a Paranapanema, após longas negociações com um grupo de dez credores financeiros, fez uma reestruturação, com alongamento para pagamentos do passivo, o montante de R$ 2,6 bilhões. A operação envolveu garantias que estão atreladas a direitos creditórios e ativos reais da companhia.

Este valor, informa a empresa, não integra o pedido de recuperação judicial. A ação apresentada envolve as controladas CDPC – Centro de Distribuição de Produtos de Cobre e Paraibuna Agropecuária.

Segundo o comunicado, a empresa teve dificuldades de crédito com fornecedores de matérias-primas e insumos após um incidente na planta da Caraíba Metais, em Dias d’Ávila (BA), em 20 de junho, que resultou na paralisação das operações por 38 dias. Isso, diz, impactou o equilíbrio financeiro da operação.

A Paranapanema é a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas. Possui três plantas industriais — uma de cobre refinado (Caraíba Metais), na Bahia, e duas de produtos de cobre e ligas em Santo André (SP) e Serra (ES), a antiga Eluma.

A empresa está listada na B3 desde 1971 e integra o Novo Mercado desde fevereiro de 2012.

Fonte: Valor Econômico

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