RIO – A assembleia da Oi tem 36.348 credores representados por cerca de 600 participantes, segundo informações dos organizadores. O total equivale a 83,02% da dívida bruta da operadora, que é de R$ 63,95 bilhões.
O clima na reunião, realizada no Riocentro, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro, é de tranquilidade até o momento. O local foi organizado de modo a acomodar cerca de 4 mil pessoas.
São quatro classes de credores previstas no plano de recuperação judicial, todas representadas na reunião: trabalhista, garantia real (cujo único credor é o BNDES), quirografários (sem garantia real) e microempresas.
A imprensa não teve acesso aos credores durante a assembleia. Uma sala foi reservada aos jornalistas com uma transmissão ao vivo do evento. Além disso, a cerca de 80 metros do palco onde a reunião é presidida, foi instalada uma espécie de arquibancada para que os jornalistas possam visualizar o salão e os participantes.
Por volta das 13h, a assembleia foi suspensa para a análise de proposta feita por representantes de credores, de inverter a ordem de votação originalmente prevista. A reunião foi retomada por volta das 14h30. Ao retomar os trabalhos, O advogado Arnoldo Wald Filho, do escritório nomeado para ser administrador da recuperação, determinou que será mantida a ordem de votação do plano de recuperação judicial.
Cada uma das quatro classes de credores votará pela consolidação ou não do plano de recuperação judicial da Oi. Neste caso, os credores terão de optar por um plano único para a Oi ou por sete planos individuais, um para cada empresa do grupo em recuperação judicial. Só após concluída essa votação, haverá deliberação sobre o plano de recuperação judicial apresentado pela Oi à Justiça no dia 12 de dezembro.
Entre outros representantes de credores que defenderam a inversão, o advogado Marcelo Lamego Carpenter — que atende a um grupo de “bondholders” — argumentou que possíveis modificações no plano de recuperação judicial poderiam interferir na votação da consolidação.
Às 16h30, a assembleia foi novamente suspensa, desta vez por duas horas e meia, com retorno previsto para as 19h, com o objetivo de analisar as propostas de modificações no plano feitas pelo BNDES e Banco do Brasil.