Notícias

Maxmilhas pede recuperação judicial e aponta dívida de R$ 226 milhões

Em mais um capítulo envolvendo a crise no setor de turismo decorrente de pacotes promocionais e milhas, a Maxmilhas solicitou nesta quinta-feira (21) com urgência para também ser incluída no processo de recuperação judicial da 123milhas, uma vez que fazem parte da mesma holding.

O pedido envolve a MM Turismo & Viagens S.A. (“Max Milhas”) e a Lance Hotéis Ltda como recuperandas, tendo sido indicado dívida que alcança R$ 226 milhões.

O processo de recuperação judicial das outras empresas do grupo foi suspenso na quarta-feira (20) pela Justiça de Minas Gerais.

No pedido, a Maxmilhas, que até então estava fora do processo, pediu o deferimento do processamento do seu pedido de recuperação judicial com a antecipação do seus efeitos, ou seja, que passe a valer o período de 180 dias de blindagem para evitar a execução de dívidas por parte de credores.

A empresa havia ficado fora do processo de recuperação judicial da 123milhas, falava que seus negócios estavam caminhando e que havia sido pega de surpresa com o pedido de recuperação judicial da parceira.

No pedido, a Maxmilhas diz que, quando a 123milhas solicitou a recuperação, sua operação não se encontrava em grave crise financia, “mas agora está sofrendo reflexos da crise econômico-financeira que ensejou o pedido de recuperação judicial das primeiras Recuperandas”.

Com isso, o valor se soma ao prejuízo já anunciado pela 123milhas nas outras empresas, no valor de R$ 2,3 bilhões, totalizando mais de R$ 2,5 bilhões.

A suspensão da recuperação judicial das empresas 123 Viagens e Turismo (a 123milhas), Art Viagens e Turismo (a Hotmilhas), e da controladora Novum Investimentos e Participações, na quarta-feira (20), para um pedido de constatação prévia de que as empresas têm condições de se recuperar, colocou em suspenso o processo de recuperação aprovado em 31 de agosto e as expectativas dos mais de 700 mil credores destas empresas, conforme mostrou o Valor.

A decisão assinada pelo desembargador Alexandre Victor de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), determinou a blindagem de execuções contra as recuperandas (‘stay period’) durante o período de constatação prévia.

A suspensão veio após pedido do Banco do Brasil, maior credor da 123milhas, com R$ 74,3 milhões a receber. Além de questionar a falta dos documentos necessários, a instituição financeira pediu ainda a destituição dos administradores judiciais designados pelo juiz em virtude de incapacitação técnica para a realização do trabalho.

Fonte: Valor Econômico

Conteúdo relacionado