Companhia destacou que o procedimento é o mais adequado para equacionamento do seu endividamento e a readequação da sua estrutura de capital ao mesmo tempo que mantém seus serviços
A Light anunciou nesta sexta-feira (12) que entrou oficialmente com pedido de recuperação judicial perante a 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. O pedido de recuperação judicial da concessionária foi efetivado pela Light S/A, holding de capital aberto sediado no Rio de Janeiro, envolvendo as controladas Light Serviços de Eletricidade S/A, concessionária de transmissão e distribuição de energia elétrica e Light Energia S/A, de geração de energia elétrica, ambas localizadas no mesmo endereço da holding.
Segundo a Light, o procedimento é, neste momento, a medida mais adequada para equacionamento do seu endividamento e a readequação da sua estrutura de capital ao mesmo tempo que mantém seus serviços.
Por causa do início do processo de recuperação judicial, as ações da companhia serão removidas dos índices após o pregão da segunda-feira (15). De acordo com a operadora da bolsa, os papéis da companhia serão excluídos dos índices IBRA, IEEX, IGCT, IGCX, IGNM, ISEE, ITAG, SMLL e UTIL ao seu preço de fechamento naquele dia.
A empresa afirma que a recuperação judicial compreende obrigações de aproximadamente R$ 11 bilhões e embora venha avançando nas negociações com credores, a atual situação econômico-financeira está se agravando.
“A companhia mantém e reafirma a confiança em sua capacidade operacional e comercial para a negociação e aprovação de um plano de recuperação que lhe permita implementar o pretendido equacionamento”, menciona a Light, em comunicado.
Na madrugada desta sexta-feira, a Light divulgou seus resultados de primeiro trimestre, registrando lucro líquido de R$ 107,1 milhões, revertendo prejuízo de R$ 106 milhões de um ano antes.
A companhia já havia pedido proteção judicial contra cobrança de credores e está na mira de órgãos reguladores federais para possível intervenção por conta de riscos na continuidade das suas operações.
Fonte: Valor Econômico