Distribuidora de energia tem passivo da ordem de R$ 11 bilhões
A Light chegou a um acordo com bancos credores, no âmbito da recuperação judicial, confirmou na noite desta quinta-feira um fato relevante arquivado pela empresa na CVM. A informação havia sido dada inicialmente pelo site InvestNews e confirmada por fontes ao Valor.
O fato relevante não dá detalhes sobre o acordo, mas fontes disseram ao Valor que o plano ainda será submetido à assembleia de credores, prevista para o dia 25 de abril. O próximo passo, segundo as fontes, é obter a renovação da concessão da distribuidora por mais 30 anos, “em bases sustentáveis”.
Uma das propostas prevê a injeção de R$ 1 bilhão no capital da Light. A distribuidora tem passivo da ordem de R$ 11 bilhões e parte do problema financeiro é atribuído aos altos índices de furto de energia, que em 2023 ficaram acima de 60%.
O acordo envolve os bancos Bradesco, Itaú, Santander e Citi.
Mais cedo, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse que os critérios de renovação são definidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e que o tema está em discussão com entes como Tribunal de Contas da União (TCU) e Congresso Nacional.
Debêntures
Em outro fato relevante na noite de quinta-feira, a Light informou que chegou a acordo preliminar com gestores representantes de fundos titulares de debêntures da 9ª, 15ª, 16ª, 17ª, 21ª, 22ª, 23ª, e 24ª emissões pela subsidiária Light Sesa (Light Serviços de Eletricidade S.A.) para repactuação das dívidas. Essas emissões em conjunto somam R$ 4,96 bilhões e estão inseridas no processo de recuperação judicial da Light.
“O acordo reflete os principais termos e condições econômicos para a repactuação da dívida representada por essas debêntures e está sujeito à negociação e celebração dos documentos definitivos entre as partes, incluindo aditamento ao plano de recuperação judicial”, diz trecho do fato relevante.
Fonte: Valor Econômico