Tribunal dos EUA aumentou o prazo para a aérea enviar o plano de recuperação judicial que antes era até 23 de agosto
O Tribunal do Distrito Sul de Nova York aprovou, nesta quarta-feira, o pedido do Grupo Latam para prorrogar o prazo de entrega do plano de recuperação judicial da aérea aos credores. O pedido, feito em 9 de junho, é que a apresentação possa acontecer até o dia 15 de setembro, e o veredicto por parte dos credores seja dado até o dia 8 de novembro. Antes, o prazo era 30 de junho e 23 de agosto, respectivamente.
Em maio do ano passado, quando a companhia protocolou o pedido de recuperação judicial em Nova York, a dívida era de quase US$ 18 bilhões. Nos bastidores, a Azul tem aguardado a apresentação do plano do Grupo Latam para fazer uma proposta aos credores do grupo chileno e tentar comprar a operação da Latam no Brasil.
“O pedido de prorrogação é uma alternativa comum e contemplada no processo, o que não altera a intenção do Grupo Latam de sair do Capítulo 11 (lei de recuperação judicial dos Estados Unidos) no final deste ano”, disse a aérea chilena, em nota.
O grupo destacou que entrou em recuperação judicial, juntamente de suas afiliadas no Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Peru e Brasil, após as graves consequências da pandemia de covid-19. “Por meio do Capítulo 11, as afiliadas serão capazes de redimensionar as suas operações e adaptá-las ao novo ambiente de demanda e reorganizar os seus balanços financeiros, permitindo que ressurjam mais ágeis, eficientes e sustentáveis para um novo momento no pós-pandemia”, disse a empresa.
Azul, que contratou consultorias especializadas em aviação no primeiro trimestre deste ano para ajudá-la a desenhar seu plano de comprar a Latam Brasil, está conversando não apenas com empresas de leasing de avião, mas também com outros credores do Grupo Latam, segundo fontes.
O tema sobre consolidação ganhou espaço após a Latam anunciar, em maio, o fim do programa de compartilhamento de voos firmado com a Azul em agosto de 2020. A Azul, quase imediatamente, publicou uma nota dura, dizendo que tinha forte apetite por consolidação e que a saída da Latam seria “uma reação a esse processo”.
Fontes destacaram, entretanto, que a Azul não deverá apresentar uma proposta enquanto a Latam não liberar seu plano de recuperação aos credores.
Fonte: Valor Econômico