Tricolor oferece desconto de 90% a 92% para pagar a dívida de R$ 119 milhões em 16 anos. Encontro acontece nesta quarta-feira, na sede social da Kennedy
A 1ª Vara de Falências e Recuperação de Curitiba definiu a assembleia geral da Recuperação Judicial (RJ) do Paraná Clube para quarta-feira, às 14h, na sede social da Kennedy. O encontro precisa da participação de mais da metade dos credores de cada classe – ao todo, são 428.
O Tricolor divide o débito em três grupos: 361 como trabalhista, 52 no quirografários e oito entre Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP).
- Trabalhista: R$ 59,5 milhões
- Quirografários: R$ 46 milhões
- ME e EPP: R$ 13,7 milhões
O Paraná oferece descontos de 90% a 92% para pagar a dívida de R$ 119 milhões em 16 anos, mas um grupo de 30 pessoas discordou prontamente e sugeriu a troca de uma sede por potencial construtivo. A RJ paranista foi aceita em julho de 2022.
A proposta precisa ser aceita e, caso contrário, um novo encontro deve acontecer em 26 de abril – o mesmo acontece se não houver quorum. O administrador judicial é Maurício Obladen, o mesmo da RJ do Coritiba.
A reunião foi divulgada inicialmente pelo UmDois Esportes e confirmada pelo ge.
Dentro do processo, o Paraná citou que possui uma renda mensal de R$ 304 mil vinda de patrocinadores, bilheteria do estádio e o programa de sócio-torcedores, entre outros.
A cúpula paranista alegou que “possui todas as condições e possibilidades de se reerguer (seja pela via recuperacional ou até por investidores)”. O cenário, entretanto, era diferente do atual.
Em crise constante, o Paraná foi rebaixado no Campeonato Paranaense do ano passado e não conquistou o acesso na Série D em 2022. Assim, o Tricolor não tem calendário nacional pela primeira vez na história a partir de 2023.
A única competição do time paranista é a Divisão de Acesso, que começa no final de abril. O clube ainda perdeu cinco perdas de mando por invasão da torcida na partida do rebaixamento.
De acordo com o balanço financeiro de 2021, a dívida total do Tricolor é de R$ 147 milhões. O relatório de 2022 precisa ser publicado neste mês.
Vale destacar que a recuperação judicial engloba as quantias trabalhistas e cíveis – o débito desses segmentos, por enquanto, é de R$ 92,7 milhões.
- Fiscal: R$ 8,9 milhões
- Trabalhista: R$ 37,7 milhões
- Cível: R$ 55 milhões
Fonte: ge.globo