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CREDORES APROVAM PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO GRUPO ILMO DA COSTA

Dívida da empresa, que produz soja e algodão no oeste da Bahia, é de R$ 326 milhões

 

O plano de recuperação judicial do Grupo Ilmo da Cunha, controlado pelos produtores Isabel da Cunha, Márcio da Cunha, Roberto Fedrizzi e Luciene Corado da Cunha, foi aprovado em assembleia geral de credores no dia 31 de outubro. A dívida atualizada do grupo, que produz soja e algodão e tem sede em Luís Eduardo Magalhães (BA), é de R$ 326 milhões. O plano prevê um abatimento de 70% do valor dos créditos e um prazo de 20 anos para pagamento. Essas condições não se aplicam aos créditos trabalhistas, que somam R$ 214,9 mil.

 

Os valores incluem dívidas contraídas antes e depois da inscrição dos produtores na junta comercial. No último dia 6, os ministros da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram, a partir do caso do cotonicultor José Pupin, que as dívidas constituídas por um produtor rural como pessoa física podem ser incluídas nos processos de recuperação judicial. “Nossa expectativa é que, com a votação do caso do grupo Pupin, essa questão esteja pacificada”, afirmou Camila Somadossi, advogada do escritório Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados. Segundo ela, porém, já há pedidos de credores pela impugnação da submissão de seus créditos ao plano de recuperação judicial.

 

O plano do Grupo Ilmo da Cunha também prevê a possibilidade de alienação de ativos imobilizados de propriedade da companhia como forma alternativa de fazer frente aos pagamentos dos credores. “Mas não há perspectiva de quando isso irá ocorrer, uma vez que o mercado está retraído para esse tipo de ativos”, comentou a advogada.

 

O Grupo produziu 583.3 mil sacas de soja e aproximadamente 6,7 mil toneladas de algodão em pluma na safra 2018/19, informou o escritório responsável pela recuperação Judicial.

 

O processo tramita na 1ª Vara de Feitos de Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de Luís Eduardo Magalhães e aguarda a homologação do resultado da Assembleia Geral de Credores que aprovou o plano.

 

Fonte: Valor Econômico

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